O ano de José Carlos sob a tutela de Dona Marcolina passou depressa, mas as lições que ela lhe ensinou permaneceram para sempre. Ela lhe mostrou não apenas como decifrar o mundo das palavras, mas também como enxergar além das limitações de sua cidade. Cada aula de alfabetização era, para José Carlos, uma janela aberta para o mundo. Através das histórias que lia, ele começou a perceber que havia uma vida além dos prédios que o cercava, uma vida cheia de possibilidades.
Dona Marcolina também era uma grande defensora da disciplina, mas de uma forma diferente da que José Carlos experimentava em casa com o pai. Para ela, disciplina não era uma questão de obediência cega, mas de dedicação e persistência. “A leitura exige paciência, José Carlos”, ela dizia, “assim como a vida. Nem tudo vem de imediato. É preciso aprender a esperar e a trabalhar para conquistar o que se deseja.”
José Carlos levou essas palavras consigo, mesmo quando, mais tarde, os conflitos com o pai se intensificaram. Ele sabia que a vida não seria fácil, que traçar seu próprio caminho exigiria coragem e determinação. Mas ele também sabia, graças a Dona Marcolina, que tinha a força necessária para enfrentar esses desafios.
A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
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