Enquanto o conflito entre José Carlos e seu pai crescia, Dona Maria Júlia tornava-se sua maior aliada. Ela começou a passar mais tempo conversando com o filho, encorajando-o a seguir seus próprios sonhos. Aos poucos, ela também compreendia que, embora tivesse casado com um homem que vivia para o Exército, seu filho tinha um destino diferente.
Nas tardes tranquilas em que Nivaldo estava fora, José Carlos e Dona Maria Júlia sentavam na varanda e conversavam sobre as estrelas, sobre os livros que ele lia e sobre a imensidão do mundo lá fora. Maria Júlia, que nunca havia saído de Seropédica, ouvia os sonhos de José Carlos com fascinação, como se através dele ela também pudesse viajar e explorar novos horizontes.
Foi em uma dessas tardes que Dona Maria Júlia, com a voz suave, disse algo que José Carlos jamais esqueceria:
“Filho, a vida é curta demais para viver os sonhos dos outros. Seja fiel a si mesmo, sempre.”
João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG
A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
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