Quando José Carlos começou sua graduação em História, sentiu-se como alguém que finalmente encontrava o próprio lugar no mundo. A sala de aula era um espaço repleto de discussões vibrantes, reflexões profundas e vozes diversas. Pela primeira vez, ele estava rodeado de pessoas que compartilhavam sua curiosidade sobre o passado e seu desejo de compreender como os acontecimentos moldaram a sociedade.
A faculdade de História representava para José Carlos muito mais do que uma escolha acadêmica; era a chance de explorar uma paixão que o acompanhava desde jovem. Ele via o curso como uma forma de conectar suas reflexões sobre política, sociedade e cultura com um entendimento mais profundo das raízes dos problemas e das lutas que definiam o mundo ao seu redor.
José Carlos cursava a faculdade no período noturno, o que significava que seus dias começavam cedo com o trabalho como técnico em eletrônica e só terminavam tarde da noite, após as aulas. Apesar do cansaço, ele sentia-se energizado pelo conteúdo que aprendia e pelas discussões com os colegas. Ler textos de historiadores renomados e debater sobre períodos históricos eram atividades que acendiam nele uma paixão renovada.
Os professores eram figuras inspiradoras para José Carlos, especialmente aqueles que traziam abordagens críticas e reflexivas sobre temas como a colonização, os movimentos sociais e as revoluções. Ele se destacava nas aulas por seu entusiasmo e sua capacidade de relacionar o conteúdo acadêmico com o contexto atual.
Com o passar dos semestres, José Carlos começou a construir uma visão crítica sobre a história. Ele entendia que estudar o passado não era apenas uma questão de memorizar datas e fatos, mas de interpretar eventos, identificar padrões e compreender como as relações de poder moldavam o destino das sociedades. Essa perspectiva reforçava sua paixão pela política, pois ele enxergava no estudo da História uma base para atuar no presente com consciência e responsabilidade.
As disciplinas de História do Brasil, História Contemporânea e Introdução aos Estudos Históricos foram as que mais marcaram José Carlos. Ele se encantava especialmente com as histórias das revoluções e dos movimentos de resistência. Esses temas alimentavam sua esperança de que, assim como no passado, as pessoas poderiam transformar o futuro por meio da organização e da luta.
João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG.
A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.