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Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 38: A Despedida da Escola Técnica

17 nov

O momento de deixar a escola técnica, onde havia passado três intensos anos, foi marcado por um misto de nostalgia e expectativa para José Carlos. Ele se lembrava de cada momento passado nos corredores e no alojamento, das amizades que cultivara, dos desafios técnicos e das muitas aventuras que compartilhara com os colegas. A escola técnica havia sido mais do que um lugar de aprendizado; tinha sido seu primeiro passo em direção à vida adulta e o início de uma jornada de descobertas.

Deixar aquele ambiente não era apenas uma questão de finalizar o curso. José Carlos sabia que estava encerrando um ciclo importante, e embora se sentisse animado com o que estava por vir, sabia que aquele capítulo da sua vida ficaria marcado. Na última semana de aulas, ele e seus amigos organizaram uma confraternização no alojamento, onde recordaram os bons momentos e se despediram do lugar que tanto significava para cada um deles.

José Carlos sentiu que levava dali muito mais do que um diploma técnico. A convivência com os colegas, os aprendizados e as habilidades técnicas que desenvolvera tornaram-se parte fundamental de quem ele era. Embora não soubesse ao certo qual caminho seguiria, ele tinha a confiança de que aquele período havia moldado sua visão de mundo e despertado nele um espírito curioso e determinado.

Deixar a escola técnica foi, para ele, não apenas o fim de uma etapa, mas o início de outra. Agora, com o curso concluído e a responsabilidade de trabalhar para se sustentar, José Carlos estava preparado para os próximos desafios.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 36: Um Aluno Empenhado, mas de Mente Livre

15 nov

José Carlos era a alma vibrante e contagiante da Escola Técnica de Eletrônica. Desde o momento em que chegou ao alojamento, tornou-se conhecido por seu jeito aberto e amigável. Sempre envolvido em alguma conversa animada ou propondo uma nova ideia, ele era do tipo que conhecia o nome de todos os colegas — e, mais ainda, suas histórias. Tinha o talento natural para fazer com que as pessoas se sentissem à vontade ao seu redor, e em pouco tempo já era um dos estudantes mais populares do curso.

Nos intervalos entre as aulas, José Carlos era o líder informal de um grupo que se reunia perto da lanchonete, onde qualquer assunto virava uma história empolgante. Ele tinha uma habilidade única de transformar até as situações mais simples em algo interessante, arrancando risadas dos amigos e criando um clima de descontração que fazia toda a pressão dos estudos parecer mais leve.

Apesar de toda a sua extroversão, José Carlos nunca deixou de levar os estudos a sério. Era um aluno dedicado, mas com uma maneira de encarar o aprendizado que fugia do convencional. Para ele, as aulas eram mais divertidas e compreensíveis quando conseguia associar conceitos complicados a exemplos práticos ou situações engraçadas. Isso o tornava o aluno perfeito para tirar dúvidas dos colegas: explicava tudo de forma simples, usando comparações, e conseguia fazer até os tópicos mais difíceis parecerem mais fáceis de entender.

Com os professores, José Carlos mantinha um relacionamento descontraído, sempre respeitoso, mas cheio de humor. Ele se destacava não só pelas boas notas, mas também pelo jeito carismático de se comunicar e pela facilidade em entender rapidamente o conteúdo. Quando alguém da turma ficava para trás, José Carlos era o primeiro a oferecer ajuda, montando grupos de estudo que realmente funcionavam.

José Carlos também se destacava por ser o apoio emocional da turma. Com seu jeito alegre e extrovertido, ele percebia rapidamente quando alguém estava para baixo e fazia questão de estar presente. Tinha sempre uma palavra de motivação, um conselho otimista e uma história engraçada para levantar o ânimo de qualquer um. Ele acreditava que ninguém deveria enfrentar os desafios do curso sozinho, e fazia questão de estar por perto, especialmente nas semanas mais intensas de provas e projetos.

Mais do que apenas um líder de grupo, José Carlos era visto como o coração da turma. Ele sabia o valor da amizade e estava sempre disposto a ajudar, mesmo quando isso significava perder um pouco de seu próprio tempo de estudo para ajudar alguém em dificuldades. Sua visão de vida era simples: se todos estivessem bem, ele também estaria.

Para José Carlos, a vida era mais do que responsabilidades e metas — era sobre criar memórias, viver com intensidade e conectar-se com as pessoas ao seu redor. Sua personalidade extrovertida e leve fazia dele o ponto de apoio que muitos procuravam nos dias mais difíceis. Ele não apenas passava pela escola técnica, mas a vivia por inteiro, tornando-a um lugar mais acolhedor e vibrante.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.