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Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 18: Um Sonho a Dois

29 out

Enquanto o conflito entre José Carlos e seu pai crescia, Dona Maria Júlia tornava-se sua maior aliada. Ela começou a passar mais tempo conversando com o filho, encorajando-o a seguir seus próprios sonhos. Aos poucos, ela também compreendia que, embora tivesse casado com um homem que vivia para o Exército, seu filho tinha um destino diferente.

Nas tardes tranquilas em que Nivaldo estava fora, José Carlos e Dona Maria Júlia sentavam na varanda e conversavam sobre as estrelas, sobre os livros que ele lia e sobre a imensidão do mundo lá fora. Maria Júlia, que nunca havia saído de Seropédica, ouvia os sonhos de José Carlos com fascinação, como se através dele ela também pudesse viajar e explorar novos horizontes.

Foi em uma dessas tardes que Dona Maria Júlia, com a voz suave, disse algo que José Carlos jamais esqueceria:

“Filho, a vida é curta demais para viver os sonhos dos outros. Seja fiel a si mesmo, sempre.”

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 11: Reflexões de Um Menino Crescendo

22 out

Ao final da 4ª série, José Carlos já tinha uma visão mais clara do que queria para seu futuro. Embora ainda fosse jovem, seus anos escolares, repletos de influências de professoras como Dona Marcolina, Dona Lúcia, Dona Lurdes, Dona Carmem e Dona Sônia, o ajudaram a construir uma base sólida de conhecimento e autoconfiança. Ele sabia que o caminho seria longo e cheio de desafios, mas também sabia que tinha em si a força e a determinação para segui-lo.

Enquanto a maioria de seus colegas se preparava para a adolescência com uma mistura de excitação e apreensão, José Carlos sentia-se pronto para enfrentar o mundo. Ele sabia que Seropédica, com sua agitação, sempre seria parte de quem ele era. Mas seu coração já ansiava por mais, por algo além dos prédios e fumaça que cercavam sua cidade.

E assim, ao encerrar o ciclo de seus primeiros anos escolares, José Carlos estava pronto para continuar sua jornada, sabendo que, independentemente de onde o destino o levasse, as palavras, os números e as histórias estariam sempre ao seu lado.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 10: Amadurecimento e Reflexão na 4ª Série

21 out

Na 4ª série, José Carlos já era visto como um dos alunos mais promissores da escola. Sua dedicação aos estudos e sua habilidade com as palavras o faziam se destacar. No entanto, ao mesmo tempo, ele começou a sentir o peso das expectativas. Seu pai, Nivaldo, cada vez mais pressionava o garoto a seguir uma trajetória militar, enquanto suas professoras e sua mãe o incentivavam a buscar o caminho da educação.

A professora da 4ª série, Dona Sônia, foi uma das maiores influências em sua vida escolar. Ela era uma mulher jovem e cheia de energia, com uma visão ampla sobre o papel da educação. Para ela, a escola não era apenas um lugar onde se aprendia matérias, mas um espaço de formação para a vida. Dona Sônia incentivava seus alunos a pensar criticamente, a questionar o mundo ao redor deles e a buscar o conhecimento por conta própria.

Com ela, José Carlos aprendeu a arte da reflexão. As aulas de redação tornaram-se um espaço onde ele podia explorar não apenas histórias fictícias, mas também suas próprias ideias sobre o mundo. Ele escrevia sobre sua cidade, sobre os sonhos que tinha de viajar, sobre o desejo de escapar do destino que parecia traçado para ele. Dona Sônia lia com atenção cada uma de suas redações e sempre incentivava José Carlos a ir além.

“Você tem um olhar especial sobre o mundo, José Carlos. Nunca perca isso”, ela lhe disse certa vez, entregando-lhe de volta uma redação cheia de elogios. “Escrever é uma maneira de entender quem somos e o que queremos.”

Esse ano foi um ponto de virada para José Carlos. Ele começou a perceber que, embora respeitasse a tradição militar de sua família e amasse seu pai, seus sonhos eram diferentes. A pressão para seguir a carreira militar estava sempre presente, mas ele sabia, no fundo, que seu futuro passava por outros caminhos, talvez longe dos prédios de Seropédica.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.