Após terminar o ginásio, José Carlos estava em um ponto crucial de sua vida. A paixão pelas ciências e pela literatura havia crescido ao longo dos anos, mas agora, aos 14 anos, ele começava a vislumbrar o futuro de maneira mais concreta. A amizade com Thiago, seu companheiro de aventuras tecnológicas, havia despertado em José Carlos um interesse crescente pela eletrônica e pela tecnologia. Os momentos em que desmontavam aparelhos e exploravam o funcionamento de circuitos e sistemas elétricos passaram de simples curiosidade para algo mais profundo: uma possível vocação.
Com as pressões em casa continuando, especialmente por parte de seu pai Nivaldo, que ainda insistia na ideia do Colégio Militar, José Carlos começou a procurar alternativas que pudessem unir suas paixões. Foi então que ele ouviu falar da Escola Técnica de Eletrônica de uma cidade em Minas Gerais, um renomado colégio de segundo grau voltado para a formação técnica em eletrônica. Thiago, que já estava decidido a seguir essa área, foi quem apresentou a ideia a José Carlos.
“Você tem jeito pra isso, cara”, disse Thiago, animado. “Além disso, é um caminho que pode te levar longe. A tecnologia está mudando o mundo, e nós podemos fazer parte disso.”
Essa conversa ficou gravada na mente de José Carlos. A eletrônica parecia um meio-termo entre o desejo de seu pai por uma carreira sólida e o seu próprio interesse por entender o funcionamento do mundo. E assim, a decisão foi tomada: ele iria se preparar para o vestibular da Escola Técnica.
João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG
A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.