Tag Archives: leitura

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 23: Reflexões de Um Vencedor

2 nov

Com a aprovação em mãos, José Carlos voltou para casa, onde uma nova conversa o aguardava. O pai, apesar de inicialmente desapontado, foi convencido pela mãe de que aquele era o caminho certo para o filho. A eletrônica era uma área em ascensão, e José Carlos já havia provado seu valor com a aprovação na renomada escola técnica.

Nivaldo, aos poucos, aceitou a decisão do filho, mesmo que a contragosto. José Carlos sabia que a relação entre eles nunca seria totalmente tranquila, mas também entendia que seguir o próprio caminho era uma parte importante de seu crescimento.

Agora, José Carlos se preparava para embarcar em uma nova jornada. Ele sabia que os desafios da Escola Técnica seriam grandes, mas estava pronto. O menino de Seropédica, que um dia sonhara em desbravar o mundo através das palavras e dos números, agora estava prestes a mergulhar em um universo onde a ciência e a tecnologia guiariam seus passos.

E, pela primeira vez, ele sentia que o futuro estava verdadeiramente em suas mãos.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 8: O Fascínio Pela Leitura na 2ª Série

19 out

Na 2ª série, a curiosidade de José Carlos se transformou em uma verdadeira paixão pela leitura. Ele passava horas imerso nos livros que pegava emprestados da pequena biblioteca da escola. Lia de tudo: histórias de aventura, contos de fadas, mitologia. Cada novo livro era uma aventura, uma fuga dos prédios que cercavam Seropédica. Enquanto seus colegas começavam a se interessar por jogos e atividades mais físicas, José Carlos preferia as companhias silenciosas das histórias e das ideias.

A professora da 2ª série, Dona Lurdes, percebeu o talento de José Carlos para escrever. Ela incentivava seus alunos a criar pequenas redações, e José Carlos logo se destacava, escrevendo histórias cheias de detalhes e emoção. Sua imaginação corria solta. Ele escrevia sobre cavaleiros, mundos distantes, e criaturas mágicas, todas inspiradas pelas leituras que fazia. Dona Lurdes ficou impressionada com a capacidade de José Carlos de criar personagens tão complexos, mesmo com sua pouca idade.

“Você tem um dom, José Carlos “, ela lhe disse uma tarde. “Nunca pare de escrever. Suas histórias podem levar você a lugares que você nem imagina.”

Essas palavras ficaram gravadas na mente do garoto. Embora sua vida em Seropédica fosse previsível e limitada, ele sabia que, através das palavras, poderia alcançar o mundo.

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.