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Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 51: O Recomeço de José Carlos

16 dez

A decisão de José Carlos de abraçar a carreira de professor trouxe consigo uma onda de mudanças. Ele deixara para trás a segurança do trabalho técnico para se lançar completamente em sua paixão pela educação. Apesar das incertezas, sentia-se finalmente alinhado com seu propósito.

Nos primeiros meses, José Carlos enfrentou dificuldades. O sistema educacional público era desafiador, com turmas superlotadas, recursos escassos e a constante necessidade de improvisar para garantir o aprendizado dos alunos. Mas, em meio a tudo isso, ele encontrava momentos de verdadeira realização: um aluno que fazia uma pergunta instigante, uma discussão que tomava vida na sala de aula, ou um simples “obrigado, professor” ao final do dia.

A dedicação de José Carlos era evidente. Ele começava a ser reconhecido não apenas pelos colegas, mas também pela comunidade escolar. Sua paixão pelo ensino e sua capacidade de tornar a História relevante e acessível faziam dele um professor querido e respeitado.

José Carlos sabia que sua jornada estava apenas começando. Ele já planejava os próximos passos: investir em uma pós-graduação em História da Educação, participar de projetos sociais voltados para jovens e, quem sabe, escrever sobre suas experiências e reflexões como educador. O mundo acadêmico e a prática docente ainda guardavam muitas possibilidades, e ele estava ansioso para explorá-las.

Além disso, sua paixão pela política permanecia viva. José Carlos acreditava que a educação era um ato político e sonhava em usar seu papel como professor para inspirar seus alunos a serem agentes de transformação em suas comunidades.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG.

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 50: O Chamado para a Educação

15 dez

Por outro lado, a sala de aula sempre fora onde José Carlos se sentia mais realizado. Ensinar era mais do que um trabalho; era sua forma de contribuir para a sociedade e transformar vidas. Ele se lembrava de como se sentira nas primeiras aulas que lecionou como substituto, da conexão que criara com os alunos e da alegria de ver o interesse deles pela História despertar.

No entanto, a realidade da profissão também pesava. Ele sabia que o salário de um professor na rede pública era limitado e que as condições de trabalho muitas vezes eram desafiadoras. A escolha pelo ensino exigiria coragem para enfrentar essas dificuldades em nome de algo maior.

José Carlos passou semanas refletindo. Conversou com colegas de ambas as áreas, analisou suas finanças e tentou imaginar onde estaria em cinco ou dez anos se escolhesse um dos caminhos. No fundo, ele sabia que a decisão não poderia ser baseada apenas na segurança ou no pragmatismo; precisava ouvir seu coração.

Em uma tarde tranquila, sentado em seu pequeno apartamento, José Carlos pegou um caderno e começou a listar os motivos pelos quais queria ser professor. À medida que escrevia, percebeu que a lista ia além de motivos profissionais: era sobre propósito, transformação e o desejo de impactar vidas.

Naquela noite, ao fechar o caderno, José Carlos tomou sua decisão. Ele iria abraçar a carreira como professor. Sabia que não seria fácil, mas também entendia que esse era o caminho que o fazia sentir-se vivo, desafiado e conectado ao mundo ao seu redor.

No dia seguinte, José Carlos formalizou sua saída do trabalho técnico e se dedicou exclusivamente ao ensino. Ele começou com contratos temporários em escolas públicas, mas sabia que aquele era apenas o início de sua jornada. Estava determinado a crescer na profissão, investir em especializações e se tornar não apenas um educador, mas uma referência para seus alunos.

A bifurcação que antes parecia um dilema agora era vista como uma oportunidade. José Carlos havia escolhido o caminho do coração, e isso o enchia de entusiasmo para enfrentar os desafios que viriam pela frente.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG.

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 46: Desafios e Aprendizados

6 dez

Os primeiros meses como professor foram marcados por desafios. José Carlos enfrentou questões como indisciplina, desinteresse e a falta de recursos na escola. Contudo, ao invés de desanimar, ele enxergava cada obstáculo como uma oportunidade de crescimento. Aprendeu a lidar com diferentes tipos de alunos e a adaptar sua forma de ensinar de acordo com a dinâmica de cada turma.

Houve momentos de frustração, é claro, mas também de grande realização. José Carlos nunca se esqueceu do dia em que um aluno, que inicialmente parecia desinteressado, veio até ele após a aula para perguntar mais sobre o tema discutido. “Professor, nunca tinha pensado na história desse jeito. É legal ver como tudo está conectado com a nossa vida”, disse o jovem.

Esses pequenos momentos mostravam a José Carlos que seu trabalho, apesar de desafiador, tinha um impacto significativo.

Dar aulas na rede estadual antes mesmo de se formar foi um divisor de águas para José Carlos. Ele percebeu que ensinar não era apenas uma profissão; era uma vocação. A experiência confirmou sua escolha pela História e reacendeu seu desejo de contribuir para a educação como uma ferramenta de transformação social.

Quando o período de substituição terminou, José Carlos deixou a escola com a sensação de missão cumprida e um novo propósito consolidado. Ele sabia que aquele era apenas o início de sua jornada como professor, mas já estava certo de que seguiria esse caminho com paixão e determinação.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG.

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 43: A Jornada na Graduação em História

29 nov

Quando José Carlos começou sua graduação em História, sentiu-se como alguém que finalmente encontrava o próprio lugar no mundo. A sala de aula era um espaço repleto de discussões vibrantes, reflexões profundas e vozes diversas. Pela primeira vez, ele estava rodeado de pessoas que compartilhavam sua curiosidade sobre o passado e seu desejo de compreender como os acontecimentos moldaram a sociedade.

A faculdade de História representava para José Carlos muito mais do que uma escolha acadêmica; era a chance de explorar uma paixão que o acompanhava desde jovem. Ele via o curso como uma forma de conectar suas reflexões sobre política, sociedade e cultura com um entendimento mais profundo das raízes dos problemas e das lutas que definiam o mundo ao seu redor.

José Carlos cursava a faculdade no período noturno, o que significava que seus dias começavam cedo com o trabalho como técnico em eletrônica e só terminavam tarde da noite, após as aulas. Apesar do cansaço, ele sentia-se energizado pelo conteúdo que aprendia e pelas discussões com os colegas. Ler textos de historiadores renomados e debater sobre períodos históricos eram atividades que acendiam nele uma paixão renovada.

Os professores eram figuras inspiradoras para José Carlos, especialmente aqueles que traziam abordagens críticas e reflexivas sobre temas como a colonização, os movimentos sociais e as revoluções. Ele se destacava nas aulas por seu entusiasmo e sua capacidade de relacionar o conteúdo acadêmico com o contexto atual.

Com o passar dos semestres, José Carlos começou a construir uma visão crítica sobre a história. Ele entendia que estudar o passado não era apenas uma questão de memorizar datas e fatos, mas de interpretar eventos, identificar padrões e compreender como as relações de poder moldavam o destino das sociedades. Essa perspectiva reforçava sua paixão pela política, pois ele enxergava no estudo da História uma base para atuar no presente com consciência e responsabilidade.

As disciplinas de História do Brasil, História Contemporânea e Introdução aos Estudos Históricos foram as que mais marcaram José Carlos. Ele se encantava especialmente com as histórias das revoluções e dos movimentos de resistência. Esses temas alimentavam sua esperança de que, assim como no passado, as pessoas poderiam transformar o futuro por meio da organização e da luta.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG.

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 42: Um Propósito Renovado

26 nov

O curso de História trouxe a José Carlos um senso de propósito que ele nunca havia experimentado antes. Ele se via fascinado pelas aulas, e o estudo dos eventos, líderes e movimentos sociais despertava nele o desejo de, um dia, também fazer a diferença. As disciplinas sobre história do Brasil e revoluções sociais reforçaram sua vontade de se envolver com temas políticos, entendendo que a história não era apenas um relato do passado, mas uma ferramenta para interpretar e transformar o presente.

Embora trabalhar como técnico em eletrônica não fosse sua ocupação dos sonhos, ele encarava essa fase como parte de seu amadurecimento. Sabia que, com cada dia que passava, estava um passo mais próximo de concluir a faculdade e trilhar o caminho que realmente o apaixonava. A vida, para José Carlos, tornava-se uma combinação entre o presente que ele construía e o futuro que almejava — um futuro onde poderia unir o conhecimento histórico ao seu desejo de influenciar e representar pessoas.

José Carlos entendia que esse não seria um caminho rápido ou fácil. Havia o cansaço físico e a constante necessidade de dividir o foco entre o trabalho técnico e os estudos, mas ele seguia em frente com a determinação e a energia que sempre o caracterizaram. Essa fase de sua vida representava o ponto de virada que ele precisava para encontrar seu verdadeiro propósito, e cada aula, cada instalação e cada cliente atendido o aproximavam mais de seu objetivo final. Assim, mesmo entre cabos e antenas, José Carlos sentia-se mais motivado do que nunca, confiante de que, um dia, todo o esforço valeria a pena.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG.

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 40: Uma Breve Jornada na Engenharia

22 nov

Um ano após concluir o curso técnico em eletrônica, José Carlos decidiu seguir um caminho que, para muitos, parecia natural: ingressar no curso de engenharia. Sua formação técnica e habilidade com eletrônica o tornavam um candidato promissor para a área, e a escolha parecia lógica. Porém, logo no início, José Carlos começou a perceber que algo estava errado. Por mais que estivesse cercado de tecnologia, cálculos e projetos, ele sentia que sua essência não se encaixava completamente naquele ambiente.

O primeiro semestre foi marcado por um misto de entusiasmo e frustração. José Carlos se dedicava às matérias com disciplina, mas o conteúdo técnico e o foco em cálculos e fórmulas exigiam uma concentração que, ao contrário do que ele esperava, não o entusiasmava. A paixão que antes o movia parecia mais distante a cada aula. Ele sentia falta das conexões humanas, dos debates e das discussões, algo que sempre fez parte de sua personalidade extrovertida.

Conforme o semestre avançava, José Carlos começou a questionar se realmente queria seguir a engenharia. Ele percebia que seu interesse estava menos em entender minuciosamente as engrenagens e mais em compreender o mundo através de outros prismas, como a política e a história. As interações que ele tinha no curso de engenharia pareciam distantes e técnicas, muito diferentes das relações vibrantes e profundas que sempre valorizou.

Nas aulas, ao invés de se sentir instigado, José Carlos percebia que a engenharia exigia uma dedicação à exatidão e ao rigor técnico que, apesar de importante, não refletia seus desejos mais profundos. Ele queria explorar mais a mente humana, entender o passado e fazer parte de algo que pudesse tocar diretamente a vida das pessoas. Mesmo com a pressão para continuar e com o esforço que já havia dedicado, José Carlos entendeu que a engenharia não era para ele.

Ao final do primeiro semestre, José Carlos tomou a decisão de deixar o curso de engenharia. Para muitos, essa escolha foi uma surpresa, já que, tecnicamente, ele tinha o perfil ideal para seguir adiante. Contudo, José Carlos sabia que insistir em algo que não correspondia à sua paixão seria um desperdício, tanto de tempo quanto de energia.

Ao abandonar a engenharia, José Carlos se sentiu mais leve e com espaço para buscar outros caminhos, talvez ligados à política, aos estudos de história ou a qualquer outra área que lhe permitisse aliar o conhecimento ao seu desejo de estar próximo das pessoas e fazer a diferença.

A engenharia havia sido apenas um capítulo breve na vida de José Carlos, mas fundamental para que ele compreendesse mais sobre si mesmo e sobre o que realmente queria.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG.

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 39: A Primeira Experiência Profissional

20 nov

Logo depois de terminar o curso da escola técnica, José Carlos conseguiu uma oportunidade de estágio na Valetel, uma empresa especializada na fabricação de transmissores de TV e receptores de satélite. Era sua primeira experiência em uma indústria, e ele sabia que aquele estágio seria um marco importante na sua carreira. A Valetel era conhecida pela inovação em tecnologia de transmissão, e José Carlos sentiu-se empolgado com a chance de mergulhar em um campo tão avançado e dinâmico.

O ambiente da Valetel era desafiador e exigia dedicação. Logo no início, José Carlos foi apresentado a uma equipe de técnicos e engenheiros responsáveis por testar e aperfeiçoar os transmissores de TV e os receptores de satélite que a empresa produzia. Ele se surpreendeu ao ver o processo complexo e detalhado necessário para que esses equipamentos chegassem ao consumidor final. Desde a montagem e calibração até os testes de recepção e transmissão, tudo demandava precisão e conhecimento técnico.

José Carlos começou o estágio com tarefas básicas, como organizar peças e componentes e auxiliar nos testes iniciais dos transmissores. Mas, com o tempo, ele ganhou a confiança dos supervisores e passou a ter mais responsabilidades. Ele aprendeu a programar os receptores de satélite, a calibrar sinais de transmissão e a detectar e corrigir falhas nos circuitos eletrônicos. Cada dia era uma nova oportunidade de aprendizado, e José Carlos aproveitava ao máximo as orientações dos engenheiros e técnicos mais experientes.

Um dos momentos mais marcantes foi quando ele participou do desenvolvimento de um novo modelo de receptor de satélite. Era um projeto sigiloso e ambicioso da Valetel, que exigia um nível de precisão e confidencialidade que José Carlos nunca havia experimentado antes. Trabalhar no projeto exigiu várias horas extras e dedicação intensa, mas a experiência o fez perceber o quão importante era a união entre a teoria que aprendera na escola e a prática real na indústria.

O estágio na Valetel foi fundamental para José Carlos. Além de aprimorar suas habilidades técnicas, a experiência mostrou a ele como a indústria de eletrônica era dinâmica e em constante evolução. No entanto, apesar de todo o aprendizado e da imersão no setor, José Carlos também percebeu que seu interesse continuava mais voltado para as histórias e trajetórias humanas do que para os circuitos e transmissões.

Essa percepção reforçou a decisão de José Carlos de explorar seu lado mais humano e social, sem abrir mão do conhecimento técnico que a Valetel lhe proporcionou. O estágio não só foi uma etapa crucial em sua formação profissional, mas também reafirmou seu verdadeiro propósito.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG.

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 37: Novos Horizontes para o Futuro

16 nov

O jeito expansivo e comunicativo de José Carlos não apenas o destacava no ambiente escolar, mas também apontava para dois caminhos futuros que começavam a se delinear em sua mente: a política e o estudo da história. Desde cedo, José Carlos sabia o poder que as palavras e as relações tinham para unir as pessoas, e essa compreensão o fazia refletir sobre um possível futuro em que pudesse se dedicar a algo maior do que a sua própria trajetória.

José Carlos sempre se sentiu naturalmente inclinado a defender e representar as pessoas ao seu redor. Com seu carisma e facilidade em se comunicar, ele percebia que conseguia mobilizar os colegas, inspirar confiança e incentivar até os mais tímidos a se expressarem. Essa habilidade não apenas o tornava popular, mas também o fazia enxergar o potencial de um futuro na política.

Ele começou a entender que a política era muito mais do que apenas discursos e disputas de poder. Aos seus olhos, era uma oportunidade para gerar impacto, lutar pelas pessoas e construir uma sociedade mais justa e igualitária. Sabia que o trabalho político exigia, além de boas ideias, a habilidade de unir diferentes visões e buscar o bem comum — algo que ele praticava com frequência na escola e em seu grupo de amigos. A ideia de usar sua habilidade para algo transformador o fascinava, e, aos poucos, a política foi se tornando uma paixão que ele sentia vontade de explorar.

Se a política representava para José Carlos uma maneira de agir no presente para construir o futuro, a história representava o entendimento profundo das bases do que ele desejava transformar. José Carlos sempre foi curioso em relação aos grandes acontecimentos, às figuras históricas e ao impacto das ações humanas ao longo do tempo. Ele adorava descobrir como líderes do passado mudaram o mundo, as lutas e revoluções que marcaram épocas e as consequências que os erros e acertos das gerações anteriores tiveram sobre o presente.

Por isso, além de seu interesse em eletrônica e tecnologia, José Carlos começou a dedicar parte de seu tempo livre à leitura de livros de história, biografias e relatos de movimentos sociais. Sua mente extrovertida e curiosa fazia com que ele visse a história como uma série de narrativas, cada uma cheia de reviravoltas, personagens complexos e lições de vida. O estudo da história não era apenas um hobby, mas uma forma de compreender as raízes dos problemas e injustiças que ele sonhava em combater. José Carlos via o conhecimento histórico como uma ferramenta poderosa para não repetir os erros do passado.

A combinação de sua personalidade extrovertida com a paixão pela política e pela história dava a José Carlos uma perspectiva única. Ele já sentia que, um dia, esses dois interesses se tornariam forças essenciais em sua vida. Ele sabia que sua jornada na escola técnica era apenas um começo e que, ao sair dali, ele teria novos desafios e oportunidades para desenvolver essas paixões. Com a energia vibrante que o definia, José Carlos estava mais do que pronto para abraçar esse futuro, em que a política e a história o aguardavam, não apenas como destinos, mas como missões de vida.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 36: Um Aluno Empenhado, mas de Mente Livre

15 nov

José Carlos era a alma vibrante e contagiante da Escola Técnica de Eletrônica. Desde o momento em que chegou ao alojamento, tornou-se conhecido por seu jeito aberto e amigável. Sempre envolvido em alguma conversa animada ou propondo uma nova ideia, ele era do tipo que conhecia o nome de todos os colegas — e, mais ainda, suas histórias. Tinha o talento natural para fazer com que as pessoas se sentissem à vontade ao seu redor, e em pouco tempo já era um dos estudantes mais populares do curso.

Nos intervalos entre as aulas, José Carlos era o líder informal de um grupo que se reunia perto da lanchonete, onde qualquer assunto virava uma história empolgante. Ele tinha uma habilidade única de transformar até as situações mais simples em algo interessante, arrancando risadas dos amigos e criando um clima de descontração que fazia toda a pressão dos estudos parecer mais leve.

Apesar de toda a sua extroversão, José Carlos nunca deixou de levar os estudos a sério. Era um aluno dedicado, mas com uma maneira de encarar o aprendizado que fugia do convencional. Para ele, as aulas eram mais divertidas e compreensíveis quando conseguia associar conceitos complicados a exemplos práticos ou situações engraçadas. Isso o tornava o aluno perfeito para tirar dúvidas dos colegas: explicava tudo de forma simples, usando comparações, e conseguia fazer até os tópicos mais difíceis parecerem mais fáceis de entender.

Com os professores, José Carlos mantinha um relacionamento descontraído, sempre respeitoso, mas cheio de humor. Ele se destacava não só pelas boas notas, mas também pelo jeito carismático de se comunicar e pela facilidade em entender rapidamente o conteúdo. Quando alguém da turma ficava para trás, José Carlos era o primeiro a oferecer ajuda, montando grupos de estudo que realmente funcionavam.

José Carlos também se destacava por ser o apoio emocional da turma. Com seu jeito alegre e extrovertido, ele percebia rapidamente quando alguém estava para baixo e fazia questão de estar presente. Tinha sempre uma palavra de motivação, um conselho otimista e uma história engraçada para levantar o ânimo de qualquer um. Ele acreditava que ninguém deveria enfrentar os desafios do curso sozinho, e fazia questão de estar por perto, especialmente nas semanas mais intensas de provas e projetos.

Mais do que apenas um líder de grupo, José Carlos era visto como o coração da turma. Ele sabia o valor da amizade e estava sempre disposto a ajudar, mesmo quando isso significava perder um pouco de seu próprio tempo de estudo para ajudar alguém em dificuldades. Sua visão de vida era simples: se todos estivessem bem, ele também estaria.

Para José Carlos, a vida era mais do que responsabilidades e metas — era sobre criar memórias, viver com intensidade e conectar-se com as pessoas ao seu redor. Sua personalidade extrovertida e leve fazia dele o ponto de apoio que muitos procuravam nos dias mais difíceis. Ele não apenas passava pela escola técnica, mas a vivia por inteiro, tornando-a um lugar mais acolhedor e vibrante.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 34: As Histórias do Alojamento

12 nov

Durante as noites comuns no alojamento, o clima era geralmente de foco e estudo. José Carlos e seus colegas passavam longas horas se debruçando sobre livros, apostilas e diagramas de circuitos. A rotina era rígida, especialmente nos períodos mais intensos do curso, mas nem tudo era tão sério assim. Entre os estudantes, existiam momentos de descontração que iam além das conversas no jardim ou dos jogos de futebol nos fins de semana. Na verdade, havia um segredo bem guardado entre os rapazes: as escapadas noturnas para a piscina da escola.

A piscina ficava nos fundos do complexo da escola, perto dos laboratórios, e era usada oficialmente apenas durante as aulas de educação física ou eventos especiais. Fora desses momentos, ela ficava fechada e, claro, não era permitido acessá-la à noite. Mas José Carlos, Ricardo, André e Felipe não se intimidavam com as regras. Foi Felipe, sempre o mais ousado do grupo, quem primeiro teve a ideia de “dar um mergulho” após o horário permitido.

“Ei, o que vocês acham de darmos uma nadada hoje à noite? Ninguém vai saber,” sugeriu Felipe uma noite, com um sorriso malicioso no rosto.

“Você tá louco?”, respondeu Ricardo, rindo, mas já interessado na ideia. “Se o vigia pegar a gente, estamos ferrados!”

Mas a ideia já havia sido plantada, e a possibilidade de quebrar a rotina cansativa com um pouco de diversão clandestina era tentadora demais para ser ignorada. Depois de algumas semanas de planejamento cuidadoso e observação dos movimentos do vigia noturno, eles estavam prontos para a primeira aventura.

A estratégia era simples: esperariam até que o vigia, o Sr. Figueira, fizesse sua ronda habitual pelo prédio do alojamento. Ele sempre passava pelo corredor principal por volta das 11 da noite, conferindo se os alunos estavam nos quartos e se tudo estava em ordem. José Carlos e os outros haviam notado que, depois dessa ronda, Figueira costumava tirar um cochilo em sua sala até mais ou menos meia-noite, o que deixava uma janela de oportunidade.

Naquela noite, quando ouviram os passos lentos e firmes de Figueira no corredor, os quatro se entreolharam. Estavam prontos. Ricardo, que era o mais ágil do grupo, foi encarregado de espiar pela porta, confirmando que o caminho estava livre. Quando o som dos passos finalmente desapareceu, eles saíram em silêncio, fechando a porta do quarto atrás de si.

“Vamos logo antes que ele volte,” sussurrou Felipe, liderando o grupo pelos corredores escuros.

O caminho até a piscina não era longo, mas exigia cuidado. Eles tinham que atravessar uma área externa onde, em dias de evento, costumava ter movimentação intensa. Mas àquela hora, o silêncio era absoluto. O único barulho que ouviam era o som de seus próprios passos, abafados pela grama. Quando finalmente chegaram ao portão da piscina, José Carlos se agachou para verificar se não havia ninguém à vista.

“O portão tá trancado, como vamos entrar?” perguntou André, meio nervoso.

Felipe, sempre preparado, tirou do bolso uma chave que ele havia “conseguido” emprestada de um assistente da escola que cuidava da manutenção. Com um clique rápido, o portão se abriu e os quatro rapazes escorregaram para dentro da área da piscina.

O ar fresco da noite e o reflexo das estrelas na água deixavam o ambiente quase mágico. Sem perder tempo, eles tiraram as roupas e pularam na piscina, um a um, tentando manter o máximo de silêncio possível. O impacto da água fria os fez soltar exclamações abafadas, mas logo o desconforto inicial deu lugar à excitação. Eles estavam sozinhos, livres, nadando sob as estrelas.

“Isso é o melhor que já fizemos desde que chegamos aqui,” disse Ricardo, sorrindo enquanto flutuava de costas na água. “Não acredito que conseguimos!”

O clima de aventura deixou todos eufóricos. Eles nadaram, riram e até brincaram de pegar objetos no fundo da piscina, como se fossem crianças em férias, sem a pressão das provas ou dos projetos técnicos pairando sobre suas cabeças.

Mas a diversão não vinha sem riscos. Em uma das noites de aventura, enquanto estavam na água, ouviram um barulho que congelou todos instantaneamente: o som inconfundível de passos se aproximando. O coração de José Carlos disparou. Eles haviam ficado tempo demais, e o vigia estava voltando.

“Merda, o Figueira tá vindo!” sussurrou Felipe, com os olhos arregalados.

Todos saíram da água o mais rápido possível, lutando para não fazer barulho ao saírem da piscina. Pegaram suas roupas e correram para trás de um pequeno galpão de equipamentos ao lado da piscina, tentando se esconder. Ficaram agachados, molhados e encharcados, enquanto o vigia caminhava lentamente ao redor da área, sua lanterna iluminando o chão próximo à água.

“Será que ele vai descobrir que a gente estava aqui?” perguntou André, tremendo de nervosismo.

“Fiquem quietos,” respondeu José Carlos, mantendo os olhos no vigia.

Depois de alguns minutos que pareceram uma eternidade, o Sr. Figueira, aparentemente satisfeito de que tudo estava em ordem, continuou sua ronda em direção a outro setor da escola. Só então os quatro rapazes soltaram o ar, aliviados.

“Essa foi por pouco,” disse Ricardo, rindo nervoso. “Mas foi incrível!”

Com o coração ainda acelerado pela adrenalina, eles vestiram as roupas rapidamente e voltaram para o alojamento, ainda molhados, mas se sentindo vitoriosos. Quando finalmente fecharam a porta do quarto atrás de si, caíram na gargalhada. Aquela havia sido, sem dúvida, uma das noites mais memoráveis.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 32: As Noites no Alojamento

11 nov

As noites no alojamento tinham uma atmosfera própria. Durante a semana, o foco era estudar. José Carlos e seus colegas passavam horas na pequena escrivaninha do quarto, com livros e apostilas espalhados por todos os cantos. O ambiente era silencioso, quebrado apenas pelo som das canetas no papel ou de alguém ocasionalmente fazendo uma pergunta sobre um exercício de física ou eletrônica.

“Você entendeu esse circuito?”, perguntou Ricardo, uma vez, apontando para um diagrama que parecia confuso. “Parece que cada vez mais esses componentes se multiplicam na minha cabeça.”

José Carlos, sempre disposto a ajudar, explicava o que sabia, e logo os colegas formavam uma espécie de mini grupo de estudo dentro do quarto. Esse hábito de compartilhar conhecimento foi uma das maiores riquezas da convivência no alojamento. Todos se apoiavam, e as dificuldades eram enfrentadas juntos.

Nos finais de semana, no entanto, o clima no alojamento mudava. Com o alívio de não haver aulas, os alunos buscavam maneiras de relaxar. O jardim ao lado do prédio se tornava o ponto de encontro para conversas mais descontraídas. José Carlos e seus colegas às vezes jogavam futebol ou simplesmente se sentavam sob as árvores, conversando sobre o futuro e os sonhos de cada um.

“José Carlos, o que você acha que vai fazer depois do curso?” perguntou André, em uma dessas noites. “Pensa em trabalhar com eletrônica mesmo, ou vai seguir outro caminho?”

“Eu quero ir além”, respondeu José Carlos, olhando para o céu estrelado. “A eletrônica é só o começo. Quero usar o que aprender aqui para criar algo que faça a diferença. Talvez seguir para a engenharia, quem sabe? Ainda estou descobrindo.”

Essas conversas noturnas eram momentos de reflexão e troca de experiências. Cada um dos colegas de quarto tinha uma visão diferente do futuro, mas todos compartilhavam a mesma vontade de aproveitar ao máximo os três anos na escola.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 31: A Rotina no Alojamento

10 nov

Os primeiros dias no alojamento foram de adaptação. Acordar cedo, seguir a rotina da escola e depois voltar ao quarto era a nova normalidade de José Carlos. O alojamento possuía uma estrutura que, embora simples, atendia às necessidades dos alunos. Havia um refeitório comunitário no térreo, onde todos faziam as refeições. As mesas compridas acomodavam dezenas de estudantes, e o ambiente era sempre animado, com conversas sobre os desafios do curso e os projetos de cada um.

O cardápio não era luxuoso, mas oferecia o básico para sustentar os alunos ao longo do dia: arroz, feijão, carnes, e algumas opções de salada. José Carlos, acostumado à comida caseira da mãe, precisou se adaptar à simplicidade das refeições no alojamento. Ainda assim, ele apreciava a companhia dos colegas. As refeições tornaram-se momentos de descontração, onde o grupo conversava sobre a vida, as aulas e as saudades de casa.

No final de cada dia, depois de longas horas de estudo e prática nos laboratórios da escola, José Carlos e seus colegas voltavam ao alojamento exaustos, mas satisfeitos. O quarto logo se tornou um refúgio para todos eles. Apesar de pequeno, o ambiente começou a ganhar vida com os objetos pessoais que cada um trazia. José Carlos, por exemplo, pendurou na parede um pequeno pôster de um circuito eletrônico, que comprara em uma feira de ciências. Ricardo trouxe uma bola de futebol, e Felipe, sempre bem-humorado, colocou um rádio no quarto, que tocava música durante os momentos de descanso. Os banheiros coletivos ficavam no final do corredor, e isso também foi algo com que José Carlos teve que se acostumar. A privacidade era limitada, e a convivência com dezenas de outros estudantes, às vezes, gerava pequenas tensões, como o horário para o banho e a divisão de tarefas na limpeza do quarto. No entanto, com o tempo, todos aprenderam a se ajustar, e as amizades foram se fortalecendo.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 29: A Conquista e o Futuro

8 nov

Com a conclusão do curso técnico e o término do 2º grau colegial, José Carlos sentia-se realizado. Ele havia enfrentado três anos de desafios intensos, mas estava saindo da escola com um vasto conhecimento prático e teórico. Além disso, sua amizade com Thiago havia se fortalecido, e ambos compartilhavam o sonho de continuar explorando o mundo da tecnologia.

A aprovação no vestibular para uma universidade de engenharia eletrônica foi a coroação de todo o seu esforço. José Carlos conseguiu uma vaga em uma universidade renomada, e a alegria em sua casa foi imensa. Mesmo seu pai, Nivaldo, que inicialmente se opôs à escolha do filho, não pôde esconder o orgulho.

“Eu não entendo muito bem o que você faz, filho”, disse Nivaldo, abraçando José Carlos, “mas sei que você está trilhando um caminho de sucesso. Estou orgulhoso de você.”

Maria Júlia, sua mãe, sempre ao seu lado, sorria com lágrimas nos olhos, sabendo que o filho havia encontrado sua própria estrada, sem ceder às pressões e expectativas externas.

Com o diploma de técnico em eletrônica nas mãos e a vaga garantida na universidade, José Carlos sabia que aquela era apenas a primeira etapa de uma jornada maior. O menino curioso de Seropédica, que um dia desmontou rádios e sonhou com o mundo além dos prédios, agora estava prestes a descobrir horizontes ainda mais amplos. O futuro o aguardava, e José Carlos estava pronto para conquistá-lo, um circuito de cada vez.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 27: A Vida Entre Livros e Circuitos

6 nov

No segundo ano do curso, José Carlos já estava mais acostumado à rotina intensa. Ele havia aprendido a organizar melhor seu tempo, conseguindo equilibrar as aulas teóricas do ensino médio com as exigências do curso técnico. Embora muitos colegas reclamassem da carga de trabalho, José Carlos via aquilo como um desafio pessoal. Para ele, o aprendizado não era apenas uma obrigação, mas uma oportunidade de se preparar para um futuro promissor.

As aulas de eletrônica avançaram, e agora José Carlos estava estudando circuitos mais complexos, incluindo sistemas digitais e microcontroladores. Sua mente curiosa estava sempre em busca de novas descobertas. Ele passava horas extras no laboratório da escola, experimentando e testando novos circuitos, muitas vezes ao lado de Thiago, que se tornara seu parceiro de projetos.

“Thiago, olha isso”, José Carlos dizia, excitado ao testar uma nova ideia. “Se conseguirmos integrar esse microcontrolador com o sistema de sensores, podemos automatizar o controle de luzes da casa. Imagina o potencial disso!”

Thiago compartilhava o entusiasmo, e juntos eles começaram a desenvolver pequenos projetos fora do currículo. Um deles foi um protótipo de sistema de alarme caseiro, que utilizava sensores de movimento e controle remoto. Esse projeto chamou a atenção de seus professores, e foi exibido em uma feira de ciências local, onde eles receberam elogios por sua criatividade e execução.

No entanto, a vida de José Carlos não se resumia apenas aos estudos e experimentos. A adolescência também trouxe desafios emocionais e pessoais. O peso das expectativas familiares ainda era uma constante em sua vida. Embora Nivaldo, seu pai, tivesse aceitado a escolha de José Carlos de seguir o caminho da eletrônica, ele ainda demonstrava reservas.

“Você está fazendo algo bom, José Carlos”, dizia seu pai de forma contida. “Mas eu ainda acho que o Exército teria sido uma escolha mais segura.”

Essas palavras sempre ressoavam em José Carlos, mas ele já havia aprendido a lidar com essa pressão. Sabia que seu caminho estava traçado de acordo com suas paixões, e que o futuro que ele buscava dependia de sua dedicação.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 25: A Última Visita

5 nov

Quando José Carlos já estava prestes a deixar Seropédica, após completar 14 anos, ele fez uma última visita à professora que o alfabetizou. Dona Marcolina, agora já aposentada, vivia em uma casa simples, cheia de livros e memórias. Ao vê-lo entrar, seus olhos brilharam, e o rosto antes severo suavizou-se com um sorriso afetuoso.

“Eu sabia que você voltaria”, disse ela. “Sempre soube que você seria um daqueles que não esquecem de onde vieram.”

José Carlos sentou-se com ela na varanda, onde passaram um bom tempo em silêncio, apenas contemplando as construções que cercavam a cidade. Por fim, ele tirou do bolso um caderno simples, onde havia começado a rascunhar as primeiras páginas de uma história que pretendia escrever. Era sua maneira de agradecer a ela por ter lhe dado as asas para sonhar.

“Quero te mostrar algo, Dona Marcolina”, disse José Carlos, entregando o caderno. “Ainda está no começo, mas espero que um dia se torne algo que valha a pena ser lido.”

Dona Marcolina pegou o caderno com as mãos trêmulas, e um sorriso de orgulho se formou em seu rosto. “Você já está escrevendo sua própria história, José Carlos. E isso é o que importa.”

José Carlos despediu-se de sua mestra com a certeza de que, onde quer que fosse, as palavras o acompanhariam. A cidade poderia ficar para trás, mas as lições de Dona Marcolina estariam sempre com ele, como um farol a iluminar seu caminho.

E assim, com o coração cheio de gratidão, ele partiu para o mundo.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.