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Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 33: Crescimento e Laços

12 nov

Conforme os meses passaram, José Carlos começou a perceber que o alojamento era mais do que apenas um lugar onde ele dormia e estudava. Era um ambiente onde crescia como pessoa. A convivência com outros jovens de diferentes partes do país, cada um com seus sonhos e desafios, ampliava sua visão de mundo. Ele aprendeu a lidar com as diferenças, a compartilhar responsabilidades e a valorizar as pequenas vitórias cotidianas, como conseguir consertar um circuito que não funcionava ou finalmente entender uma fórmula complicada.

Os laços criados no alojamento também se fortaleceram ao longo do tempo. As amizades com Ricardo, André e Felipe se tornaram profundas. Eles não eram apenas colegas de quarto; eram irmãos na jornada. Os momentos difíceis, como as semanas de provas e os prazos apertados para os projetos técnicos, foram enfrentados juntos. Quando um caía, os outros o levantavam.

No último ano do curso, quando já eram veteranos no alojamento, José Carlos e seus colegas começaram a perceber o quanto haviam crescido desde o primeiro dia. Aquele quarto pequeno, que antes parecia estranho e desconfortável, agora era um lugar cheio de memórias, risos e histórias. E, embora soubessem que o fim daquela fase estava se aproximando, todos guardavam a certeza de que o alojamento sempre seria lembrado como um dos momentos mais importantes de suas vidas.

José Carlos, ao observar o ambiente ao seu redor, sentia-se grato. A jornada técnica, os desafios do 2º grau e a convivência no alojamento haviam moldado não apenas sua mente, mas também seu caráter. Ele estava pronto para o próximo capítulo de sua vida, sabendo que, ali, tinha construído amizades e aprendido lições que levaria para sempre.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Entre Montanhas e Sonhos | Capítulo 31: A Rotina no Alojamento

10 nov

Os primeiros dias no alojamento foram de adaptação. Acordar cedo, seguir a rotina da escola e depois voltar ao quarto era a nova normalidade de José Carlos. O alojamento possuía uma estrutura que, embora simples, atendia às necessidades dos alunos. Havia um refeitório comunitário no térreo, onde todos faziam as refeições. As mesas compridas acomodavam dezenas de estudantes, e o ambiente era sempre animado, com conversas sobre os desafios do curso e os projetos de cada um.

O cardápio não era luxuoso, mas oferecia o básico para sustentar os alunos ao longo do dia: arroz, feijão, carnes, e algumas opções de salada. José Carlos, acostumado à comida caseira da mãe, precisou se adaptar à simplicidade das refeições no alojamento. Ainda assim, ele apreciava a companhia dos colegas. As refeições tornaram-se momentos de descontração, onde o grupo conversava sobre a vida, as aulas e as saudades de casa.

No final de cada dia, depois de longas horas de estudo e prática nos laboratórios da escola, José Carlos e seus colegas voltavam ao alojamento exaustos, mas satisfeitos. O quarto logo se tornou um refúgio para todos eles. Apesar de pequeno, o ambiente começou a ganhar vida com os objetos pessoais que cada um trazia. José Carlos, por exemplo, pendurou na parede um pequeno pôster de um circuito eletrônico, que comprara em uma feira de ciências. Ricardo trouxe uma bola de futebol, e Felipe, sempre bem-humorado, colocou um rádio no quarto, que tocava música durante os momentos de descanso. Os banheiros coletivos ficavam no final do corredor, e isso também foi algo com que José Carlos teve que se acostumar. A privacidade era limitada, e a convivência com dezenas de outros estudantes, às vezes, gerava pequenas tensões, como o horário para o banho e a divisão de tarefas na limpeza do quarto. No entanto, com o tempo, todos aprenderam a se ajustar, e as amizades foram se fortalecendo.

João Paulo é professor do CESU (Supletivo) de Santa Rita do Sapucaí, MG

A obra é fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.